domingo, 23 de abril de 2017

A MARVEL NÃO DEVE ACOBERTAR ARDIAN SYAF OU QUALQUER OUTRO INTOLERANTE


Por: Hds.

Syaf encontrou na Marvel o terreno propício para cultivar o ódio.

O desenhista Ardian Syaf foi denunciado por leitores ao incluir mensagens antijudeus e anticristãs em páginas de um quadrinho da editora. O artista as escondeu na edição número um da revista X-men-Gold que saiu no início de abril.

Abaixo estão os detalhes em códigos:




- Referência: A personagem que aparece de costas no quadro é Kitty Pride, que é judia. E como pode ser visto, Syaf colocou a palavra "Jewelry" do lado esquerdo da cabeça dela. A pronúncia da palavra em inglês lembra "Jewry", termo pejorativo para designar judeus, ou bairros judeus.

2° - Referência: O número "212", que representa a data dos protestos em Jacarta (capital) contra o governo de Basuki Tjahaja Purnama, organizado pela maioria muçulmana no país. Basuki é cristão e foi acusado de blasfêmia pelo uso de trechos do Corão em campanhas políticas. Os número "2" e "12" são, respectivamente, o dia e o mês do ano passado quando os protestos aconteceram.




3° - Referência: É mostrada na camiseta de Colossus. Onde o "Q" significa Corão (Qu'ran) e o "S" Surah. O número 5:51 aparece no quadro de Kitty também e remetem ao capítulo 5, versículo 51 do mesmo livro. O artista tentou se explicar dizendo que eles estão lá porque ele havia participado da segunda manifestação no dia 21 de fevereiro (2017).

Através de uma mensagem no Facebook vários leitores (incluindo os da Indonésia) expuseram Syaf como um preconceituoso que esconde críticas ao judaísmo e cristianismo nos trabalhos que faz.


Ardian ainda postou as páginas de X-men Gold na sua página do FaceBook. 

A Marvel declarou que a "visão de Syaf sobre os temas inseridos, sem consentimento da redação, não reflete a política de inclusão vigente na editora. E nem a opinião de seus editores, escritores e artistas" e prometeu punir o desenhista. Ou seja: todo aquele papo burocrático típico de empresas que não querem ter o filme queimado. A editora ainda garante que as imagens serão removidas nas tiragens posteriores.


A escritora G. Willow Wilson aproveitou para chamar a atenção e afirmou que repudia a atitude de A. Syaf. Logo ela que não tem nenhuma moral para falar de intolerância. Já que há muito tempo trocou a liberdade da cultura Americana para se converter ao Islamismo, a religião que mais maltrata e executa mulheres no mundo. 


A verdade é que os quadrinhos já estão sendo usados para passar ideias intolerantes faz muito tempo. É só procurar no lugar certo...


É claro que assuntos religiosos aparecem nos quadrinhos desde a criação dos mesmos. Em inúmeras revistas podemos ver citações, passagens e histórias em que a própria religião aparece como tema principal. Um bom exemplo do uso de texto religioso é a espetacular série Kingdom Come, de Mark Waid e Alex Ross (leia!). Nela os versículos da Bíblia fazem um paralelo com a trama dos heróis de maneira angustiante e épica. 

Mas o problema no caso de Ardian Syaf, é que ele faz um uso vingativo e irracional da sua crença religiosa. Simplesmente motivado por ódio. 

Desde que a Marvel adotou a máxima de "quadrinhos inclusivos" abriu espaço para todos os tipos de discursos. Infelizmente alguns criadores tiram proveito desse suporte para transmitir ideias nocivas. Quem se lembre da personagem ""? O escritor Grant Morrison criou uma personagem islâmica e a incluiu no nos X-men pouco tempo depois dos Ataques às Torres Gêmeas. Uma provocação típica da falta de noção de autores "engajados" em debates políticos-sociais. 

A hipocrisia de Syaf está no fato de pertencer a uma religião que combate violentamente a cultura ocidental, e ganhar dinheiro trabalhando nela, para gerar o mesmo produto da cultura que sua religião condena! Faz uso do meio pelo qual se sustenta para atacar os judeus americanos. Historicamente aqueles que participaram de forma brilhante da criação da indústria de Comics. Afinal, o que seria dela sem judeus como Will Eisner, Jack Kirby ou Harvey Kurtzman?


A Marvel. apesar de se esquivar de qualquer acusação de preconceito com firmeza, tem uma boa parcela de culpa no atual panorama viciado de discussões político-sociais ou religiosas nos quadrinhos. Pois é certo que sua cruzada arrogante e intimidação através do politicamente-correto, forneceu condições para que intolerantes como Syaf se instalassem.

Fontes: UniversoHQ e Wikipédia.

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